segunda-feira, 4 de maio de 2009

VELHAS ÁRVORES (OLAVO BILAC)

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedora da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
vivem, livres da fome e de fadigas:
Em seus galhos abrigan-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo, envelheçamos
como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

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